segunda-feira, 17 de maio de 2010

A sinceridade, o silêncio e o preço de ambos

Após exatamente 22 dias de inatividade postográfica – acabei de criar este termo ;P –, estou de volta para falar sobre dois temas interligados que acredito serem bem interessantes/reflexivos: a sinceridade e o silêncio.

Pessoas sinceras, ao meu modo de ver, são aquelas que expõem suas opiniões sem restrições, procuram falar diretamente com você, e não pela suas costas. São aquelas que não guardam rancor dentro de si, já que sempre procuram passar seus problemas a limpo com quem mais estiver envolvido neles – e não falo de arrumar confusão/barraco.

E eu devo confessar a vocês que uma das coisas que mais me irrita é a falta desta sinceridade. Pessoas que saem comentando por aí com qualquer um o que você anda fazendo (às vezes mesmo que ela não esteja inserida no contexto), ou mesmo que esteja envolvida, como disse acima, não te procura para “acertarem os ponteiros”, pois acha mais fácil e cômodo sair espalhando a história aos quatro ventos, te difamando e não te dando o direito à defesa.

No entanto, reconheço que pessoas sinceras geralmente pagam um preço relativamente alto por isso. Existe gente que não aceita esse tipo de atitude, uma vez que pensa que você a está afrontando, quando apenas está buscando expor a verdade que acredita estar certa (e isso não é uma redundância, pois existem verdades que apesar de verídicas não são certas) para o próprio bem dela. Com isso, vive com alto número de desafetos e indivíduos que “não vão com a sua cara”.

Eu, particularmente, prefiro dizer a verdade enquanto posso, do que me esconder atrás da capa da ignorância e manter o silêncio diante dos fatos. É claro que, como tudo na vida, existem exceções, mas neste caso, no meu ponto de vista, são bem poucos os momentos em que devemos nos calar.

A sinceridade eu costumo associar à personalidade, já que é necessária a coragem certas horas para dizer o que se pensa.


P.S.:


Os viajantes e o Urso – Esopo


Um dia, dois viajantes deram de cara com um urso.

O primeiro se salvou escalando uma árvore, mas o outro, sabendo que não ia conseguir vencer sozinho o urso, se jogou no chão e fingiu-se de morto.

O urso se aproximou dele e começou a cheirar sua orelha, mas, convencido de que estava morto, foi embora. O amigo começou a descer da árvore e perguntou:

– O que o urso estava cochichando em seu ouvido?
– Ora, ele só me disse para pensar duas vezes antes de sair por aí viajando com gente que abandona os amigos na hora do perigo.

Moral da história:

A desgraça põe à prova a sinceridade e a amizade.


(Alterado às 23h27)

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